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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Comentando sobre o Grammy Awards 2011

A noite passada foi recheada de surpresas boas na premiação dos melhores da música norte-americana no Grammy Awards 2011.
Sem dúvida, foi a consagração do trabalho e do talento da banda country Lady Antebellum, premiados na categoria gravação do ano e música do ano com "Need you now" e melhor álbum country.
Ainda bem que não teve espaço para Justin Bieber. Parece que a crítica especializada enxergou que ele é um produto super comercial, porém é limitado como artista, mais um rostinho bonito como uma febre passageira.
Eminem, artista que eu também não tenho muito apreço, conquistou o prêmio em duas categorias dentre as quais, melhor álbum de rap.
Mas gratas supresas ainda estavam por vir: Rihanna também foi premiada com a excelente Only Girl (in the world), Alicia Keys e seu dueto com Jay Z na ufânica, porém não menos agradável canção Empire State of mind e a surpresa maior foi ver Susan Boyle concorrendo como melhor álbum pop, que acabou ficando com Lady Gaga, premiada em outra categoria também. Apesar disso, foi bom ver que Susan Boyle não caiu no esquecimento.
A premiação foi recheada de apresentações boas como a de Rihanna em dueto com Eminem, Lady Gaga saindo de um ovo e fazendo aquelas performances bem peculiares e avassaladoras. Em alguns momentos, parecia que a premiação estava em segundo plano, uma vez que em um a cada três blocos, dois era dedicados a espetáculos de artistas convidados. No entanto, foi sem dúvida um grande show.



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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

De cabelo em pé e... Pernas pro ar!


Semana passada matei a minha curiosidade e fui me deliciar com a comédia De Pernas pro ar, do Roberto Santucci e Mariza Leão.
Ingrid Guimarães dá vida a uma balsaquiana que vive um grande conflito: nunca teve um orgasmo.
Casada com um filho pequeno, dedicou-se inteiramente ao trabalho, uma autêntica workaholic e esquecendo-se de por sua vida sexual em dia.
Daí ela conhece uma mulher, Marcela, que mora no andar de cima. Marcela sempre foi muito bem resolvida, ao contrário de Alice, Ingrid Guimarães. A partir de então, sua vida fica literalmente De pernas pro ar.
Texto despretensioso, descontraído e original, a comédia nos arranca boas risadas e desconstroi certos mitos e tabus, como a masturbação feminina. No filme, o tema é tratado de uma forma que não agride a moral do telespectador, mas também não o banaliza, não faz um "mershandising social", digamos assim. Este, portanto, seria o diferencial do filme.
Alice passa a se conhecer como mulher, descobrir melhor sua sexualidade, suas preferências sexuais e começa a ter uma auto estima mais elevada.
Assim, passa a trabalhar com Marcela e consegue conciliar o que aprendeu em sua profissão, publicitária, com algo completamente novo em sua vida: a venda de artigos sexuais e obtém bastante êxito.
E por um engano, acredita que perdeu o seu marido pra outra mulher, quando, na verdade, o perdeu para ela mesma, já que não tinha tempo para dedicar-se a ele, não era uma esposa e sim uma simples companheira de quarto.
De pernas pro ar atualmente conquista a cada dia mais milhares de telescpetadores e atribuo este sucesso às atuações impecáveis de Ingrid Guimarães e Bruno Garcia, a vida sexual de uma mulher tratada antes de forma leviana, agora é tratada de forma divertida, porém não panfletária, uma direção e texto afinadíssimos e a todo conjunto da obra, em constante harmonia.
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Hoje é dia D! (Análise do novo dvd de Ivete Sangalo)

Dia desses minha mãe resolveu presentear a família inteira com o novo dvd da Ivete Sangalo, depois de uma sugestão dada por mim. Garanto a você que foi sem dúvida um presente muito bom, pois o concerto realizado em Nova Iorque é uma superprodução contagiante e emocionante.
Ivete, como seu estilo de vestir-se excêntrico e muito peculiar, quis dar um passeio pelas regiões do Brasil através de seu figurino. Talvez não foi a escolha mais acertada, visto que assistimos a um show de cafonice e mau gosto, porém o fato da cantora ter uma modo de se vestir tão diversificado que causa certo estranhamento, não impede de ser uma das maiores vozes da década e dos últimos anos da música brasileira.
Não é á toa que ela lotou o Madison Square Garden, que um dia grandes nomes da música internacional também já se apresentaram como Beyoncé.
Mas Ivete não só preencheu todo aquele espaço, como também "levantou poeira". Fez um show repleto de músicas divertidas, com muito alto-astral e um gás que somente ela tem para conduzir uma apresentação daquele tipo.
Selecionou algumas músicas antigas para o seu repertório, e se emocionou ao ouvir aquele grande público cantando junto com ela o sucesso "Eva". Senti falta de alguns outros sucessos que foram imortalizados em sua voz, como a belíssima "A lua que eu te dei", "Se eu não te amasse tanto assim" e "Flor do Reggae". E é claro, a divertidíssima e ambígua "Lobo mau".
Mesmo assim, ela trouxe os sucessos "Sorte Grande", "Berimbau metalizado", "Festa" , "Na base do beijo" e o mais recente "Acelera aê". Canções que levantaram a plateia e que fez todos que estavam lá entrar nessa grande festa, o grande dia D da carreira internacional de Ivete.
Agora se vai emplacar ou não, quem sabe? Potencial para isso, ela tem de sobra...

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Noite de domingo premiada

Por incrível que pareça minha noite no domingo passado não foi intediante como de costume, não só pra mim, mas também para milhares de brasileiros que não aguentam mais a mesmice do Domingão do Faustão, o sensacionalismo barato com o apelativo Gugu Liberato e outras meia dúzia de enlatados de quinta que estamos acostumados neste horário do dia.
A diferença se deu basicamente por dois fatores: a entrevista magnífica que Marília Gabriela fez com Glória Maria, que revelou algumas coisas surpreendentes e emocionantes da adoção de suas filhas Maria e Laura, no programa "Marília Gabriela entrevista" do canal a cabo GNT(canal 41 na SKY) e a premiação no Nokia Theater do American Music Awards, o maior prêmio da música norte-americana.
Ao anunciarem o progama da Gabi com Glória Maria, fiquei muito feliz por admirá-la como uma grande profissional que é e com a entrevista, pude conhecer um pouco mais dela como pessoa, longe das câmeras no seu dia dia, sua relação com as filhas, o primeiro contato com ambas e um pouco sobre sua carreira.
Já em relação ao Grammy, fiquei com grande expectativa de assistir apresentações memoráveis como de Lady gaga, que não decepcionou, porém só foi agraciada com o prêmio de melhor cantora pop do ano.
A bola da vez, não tem jeito, é Justin Bieber. Eu particularmente não vejo talento nele. Tenho a sensação de dejá vu, algo requentado, não sei explicar direito. Suas canções têm letras que não condizem com a idade do garoto, que apesar de parecer maduro para a idade que tem, fala de amor entre homem e mulher como se fosse um homem de 30 anos!
Bieber conquistou 4 prêmios, dentre eles o artista do ano e melhor cantor pop. Fez uma homenagem bonita a Michael Jackson no palco e agradeceu a Usher pela oportunidade que o cantor, também premiado como melhor cantor de R&B, deu a ele.
Mas o que me deixa mais indignado é o fato de Eminem ser sempre ovacionado pela crítica, sendo que para mim não passa de um amador. O cara canta mau, faz uns clipes meia boca e suas letras são de uma riqueza que chegam a dar inveja aos Mcs aqui do Brasil... E tinha inúmeras indicações em várias categorias, e acabou levando o prêmio de melhor cantor de hip hop.
Achei justo o fato de Rihanna ter levado o de melhor cantora de R&B, realmente ela arrebenta! Não é uma cantora como a Beyonce que lança singles, atrás de singles acabando por colocar o álbum inteiro na boca do povão de forma massante.
Além de Rihanna, Lade Antebellum também mereceu o prêmio de melhor banda country, Black eyed peace de melhor banda de pop/rock e Carrie Underwood com o de melhor álbum country.
Esses foram alguns dos premiados que valeram a pena comentar aqui. Nem sempre a crítica é justa, mas acredito que este ano eles não erraram muito não.
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

"Quem disse que açucar e afeto não podem curar..."

É com este trecho da faixa 8 do mais novo álbum de Vanessa da Mata que intitulo este post: Bicicletas, bolos e outras alegrias. A música dá título ao cd e ela mesma diz a respeito da dificuldade de se criar um título para um álbum, que é o mais autoral de sua carreira.
O cd está repleto de canções que tratam sobre o quotidiano, amor, alegria...
A primeira faixa é "O tal casal", uma canção lindíssima, com uma melodia tão doce e uma letra impecável; para casais apaixonados é uma boa pedida!

Logo depois vem a divertida "Fiu Fiu", que faz uma crítica às mulheres que se importam em se vestir bem para que outras mulheres( "inimigas todas" que a Vanessa as nomeia) a invejem. Fiu fiu é um deboche, na verdade, com os homens que paqueram as mulheres com "cantadas baratas", como a própria compositora descreve e fala de uma situação inusitada quando uma mulher passa por uma construção e os caras que trabalham naquela, assobiam e mexem com a personagem da música.

Depois Vanessa canta o amor e se declara de uma forma muito linda em "Te amo". Uma declaração de amor muito sensata, por sinal. Melodia bonita, letra riquíssima e que toca o coração.

"Meu aniversário" é a quarta faixa. ÓTIMA! Uma letra super alto astral, onde ela parabeniza os próprios filhos Bianca, Felipe e Micael. Trata de um momento feliz na vida de todos nós: a comemoração do próprio aniversário. Para alguns, não é um momento para se comemorar, mas para Vanessa sim. Ela descreve planos para o futuro para si e um futuro a dois. É mágico!

Em seguida vem a declaração de amor daquelas pessoas que amam àqueles que não os merecem com "Vê se fica bem". Muitos já passaram por uma situação parecida... Na verdade, a canção soa mais como uma crítica a esses que temem assumir uma relação e mesmo assim, a pessoa envolvida e que sofre com isso, perdoa tudo e continua amando ao parceiro(a) com a mesma intensidade ou até mesmo maior que outrora. Uma canção para se refletir e acredito que muitos se identificarão.

"Bolsa de grife" é a próxima. Uma grande crítica a sociedade capitalista e ao consumismo. Para uma satisfação pessoal, muitos acabam comprando coisas que podem não ter utilidade alguma naquele momento, ou talvez tenha uma utilidade, mas não há necessidade de tê-la agora. Esta situação acontece nesta canção, quando a personagem compra uma bolsa de grife que "prometera" diversas coisas para ela que acaba se frustrando por não ter mudado em nada sua vida após a compra, a não ser a grande dívida que adquiriu por tê-la comprado. Sensacional, com um ritmo contagiante, quente e uma letra catártica.

"As palavras" é a sétima faixa do cd e tem uma letra muito bonita. A melodia não me atrai tanto, acho que por isso escuto pouco esta música, mas vale a pena para uma reflexão sobre o poder que tem as palavras.

A faixa 8 trata-se da já mencionada "Bicicletas, bolos e outras alegrias". PERFEITA! A cara da Vanessa esta música, pois trata do prosaico, o que ela mais gosta de escrever. É muito simples: o famigerado bolo da vovó, desta vez é a avó de Vanessa (Sinhá, cantada outrora por Maria Bethânia numa canção feita por aquela). Esse bolo tem "poderes"... E todos esses "poderes" serão cantados nesta canção. Ele faz com todos que provam dele se apaixonem "Do flamengo ao Corinthians." É poética! Letra rica, melodia contagiante... Tudo em perfeita sintonia.

"Vá" é um grito de liberdade para quem quer se livrar de uma relação que o aprisiona. Uma mensagem bonita e bem objetiva para aquele que um dia fez alguém sofrer, que não deu valor a quem era perdidamente apaixonado, uma verdadeira lição!

"Moro longe" é a canção de número 10 do cd. Uma letra divertida, melodia animadinha... Boa música.

Já "O masoquista e o fugitivo" é carregada de palavras muito duras para quem está terminando um relacionamento. Mas o realismo conferido à letra é que dá o charme da canção, coisa bem comum também em Vanessa da Mata. A melodia não agrada muito... melosa demais, talvez.

E por último, a faixa 12 é uma parceria com Gilberto Gil. Letra bonita, bem interessante.
Remete as letras do Djavan com o seu "culto à natureza". Nela, na verdade, não chega a ser cultuada, mas tão somente cantada a natureza e em alguns momentos, servindo como mero pano de fundo. Agradável.

Enfim, é uma verdadeira obra-prima. Pra quem já conhece o trabalho da cantora e compositora, só tem elogios à este álbum sensacional e divisor de águas na carreira da Vanessa por ser mais autoral, mais a sua cara.

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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Roberta Sá em Quando o canto é reza

Nossa, como eu estou apaixonado por essa parceria de Roberta Sá e Trio Madeira!
Que talentos, que sensibilidade, que trabalho impecável!
O que eu achei o máximo neste trabalho foram as referências afro-brasileiras em suas canções. Que rico! Falando de orixás, cultura africana, religiões afro-brasileiras, festa, alegria! Uma grande orgia cultural. Impossível não se apaixonar...
Convém salientar que Roberta regravou uma canção eternizada por Zeca Pagodinho, "Água da minha sede" e soube dar a sua cara na melodia, na letra, na interpretação!
Em tempo, Roberta e o Trio Madeira ousaram! Eles apostaram em músicas que poderiam trazer a tona o preconceito e afugentar o fiel público de Roberta, porém acredito que aconteceu o contário, principalmente comigo. É um álbum para ser apreciado, sem apelos para a venda, ou seja, é pra quem gosta mesmo do trabalho desses artistas.
Gostaria de destacar o arranjo, a letra e a melodia das canções "Menino", "Orixá de frente" e "Mandingo", além da já citada "Água da minha sede". Pura energia positiva!
Portanto, para quem gosta de boa música, mpb, cultura afro-brasileira e afins, este cd é um ótimo presente de Natal!
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Scream Awards 2010

Ontem estava assistindo a quinta edição do "Scream Awards" e confesso que fiquei bastante surpreso com a qualidade da premiação.
A começar pela linda homenagem feita ao seriado "Lost", diga-se de passagem uma série extremamente confusa, mas que conquistou o mundo inteiro com todo esse "samba do crioulo doido", com direito a ursos polares no deserto e tudo mais.
E uma grata surpresa: a premiação de Eclipse como melhor filme de fantasia. Se foi merecido ou não, agora não importa. Mas que o reconhecimento do longa é importante para a "Saga Crepúsculo" e seus criadores, é incontestável. Eu, particularmente, não vi muita graça no que assisti do filme...
Além dessa categoria, o filme também foi congratulado, de uma certa forma, pela atuação de Kristen Stewart. Gosto desta jovem na telona, realmente Kristen segura a onda legal, mas a atuação dela em Eclipse está longe de ser a melhor até agora de sua carreira. Se fosse pra escolher, fico com a sua atormentada Melinda, em "O silêncio de Melinda".
Entre outros destaques, quero para finalizar, falar sobre a premiação de "Avatar" que teve seu devido valor para a Academia, reconhecido nessa noite e conquistou três prêmios: o de melhor diretor, para o glorioso James Cameron; o de melhor filme 3D;e, finalmente, melhores efeitos especiais, já reconhecido pela Academy Awards, Oscar 2010.
Este prêmio, na verdade, não tem tanta importância como um Globo de Ouro, ou um Oscar, por exemplo, porém, creio que é relevante essa valorização da cultura popular como um todo, já que nem sempre bons filmes são sucessos de público.
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