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quinta-feira, 12 de agosto de 2010


O solista é um filme que fala de uma amizade entre um jornalista, Steve Lopes, interpretado por Robert Dowey Jr e um morador de rua, Nathaniel Ayers, interpretado por Jamie Foxx.

Dois personagens muito marcantes e atuações brilhantes de ambos atores.

Na verdade, o filme explora as virtudes esquecidas por nós, seres humanos, que estamos acostumados a assistir filmes que critica sempre os defeitos que cultivamos.

Lopes era uma jornalista solitário, de muito prestígio. Mas faltava alguma coisa em sua carreira para sentir-se realizado. Foi então que conheceu Nathaniel, e passou a ficar encantado com sua forma simples de viver, mas ao mesmo tempo tão rica, afinal de contas era uma pessoa tão sábia, tão cativante... A partir de então, decidiu escrever sobre ele em sua coluna e posteriormente, escrever um livro sobre sua vida.

A melhor cena deste filme, dentre tantas, foi quando Ayers teve um surto psicótico durante uma apresentação importante. Uma cena forte, com alto teor dramático e com uma interpretação singular de Foxx.

Cabe salientar que o mais bonito dessa amizade é que Lopes nunca desistiu de Ayers. Acreditando sempre no seu potencial e que poderia tirá-lo das ruas. E conseguiu. Só que ele não se deu conta que além de ter mudado a vida deste homem, durante todo esse período que esteve com o solista, sua vida também mudara.

Um filme lindo, emocionante, cheio de cenas marcantes, incríveis e um elenco primoroso. Assistam!
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domingo, 8 de agosto de 2010

Nine: o musical que prometeu mais do que devia

Comprei o dvd de Nine quando estava numa viagem, em João Pessoa, e não me arrependi, apesar de ser um filme que deixou, em alguns aspectos, muito a desejar.

A grande expectativa do telespectador, acredito eu, fica por conta de um momento, talvez o clímax do enredo, onde esperamos que alguma coisa realmente interessante vá acontecer. Porém, a tal coisa interessante não acontece.

É um filme bonito de se ver. Com um figurino impecável, um elenco primoroso, diria até um desperdício ter um elenco tão bom, com personagens tão limitados, muito glamuroso e sofisticado.

Mas tenho de convir que vi uma Penélope Cruz e uma Kate Hudson completamente diferentes do habitual. Muito sensuais, com um visual mais provocante, sexy... lindas!
O protagonista, defendido por Daniel Day-Lewis, é algo que ainda estou tentando decifrar. Um diretor de cinema italiano contraditório, mulherengo e com um perfil psicológico indefinido. Um personagem diferente de qualquer outro personagem principal, devido ao fato de ser tão confuso como é. Não saberia definir se isso é um mérito ou demérito do autor ou da dupla de roteiristas Anthony Minghella e Michael Tolkin.

Cabe salientar também a brilhante atuação da sempre excelente Marion Cottilard. Pode ser o personagem mais insignificante do enrendo que ela sempre se destaca. Desta vez, ele deu vida a esposa traída do personagem Guigo Contini (Daniel Day-Lewis), a Luisa.
Fergie, por sua vez, mostrou que é tão limitada quanto cantora, atuando. É incrível isso, pois ele teve uma participação pífia e já era notória sua canastrice.

Outra atriz que teve uma participação pequena foi Nicole Kidman. Talvez a maior expectativa do filme era vê-la em cena, o que tardou bastante, visto que ela só apareceu quando o filme estava caminhando para o fim. Uma pena, o maior desperdício do longa-metragem.

Enfim, é uma obra que prima pela musicalidade, sofisticação do figurino, das imagens e peca num enredo confuso, chato e as atuações de grandes nomes de Hollywood, com seus talentos desperdiçados. É um filme bem dirigido, com cenas belíssimas, músicas perfeitamente bem interpretadas, mas não tem nada além disso que nos prenda. Portanto, percebi que houve muita promessa que pouco se cumpriu. Talvez por isso não recebeu nenhuma estatueta do Academy Awards.

Vale a pena conferir, pra quem gosta de um musical clássico, é apaixonado pela Itália dos anos 60 e admira os grandes atores que estão no filme.
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